Todo fã de rock e jazz que se preze conhece o nome de Carlos Humberto Santana Aguilara, virtuoso violonista e maravilhoso compositor, fundador e líder da banda Santana.
Mesmo quem não é "fã" de sua obra, que absorveu o latim, o jazz e o blues-rock, elementos do free jazz e do funk, reconhece facilmente a assinatura do músico. Ele é lendário! E as lendas estão sempre vivas nos corações daqueles que conquistaram.
Infância e juventude de Carlos Santana
O futuro músico de rock nasceu em 20 de julho de 1947 (chamava-se Carlos Augusto Alves Santana) na cidade de Autlan de Navarro (estado mexicano de Jalisco).
Ele teve muita sorte com seus pais - seu pai, José Santana, era um violinista profissional e levava a sério ensinar seu filho. Carlos, de cinco anos, dominou os fundamentos da teoria musical e do violino sob sua orientação estrita.
Desde 1955, Santana vive em Tijuana. O auge do rock and roll levou um menino de oito anos a aprender a tocar violão.
O apoio de seu pai e a imitação de padrões como BB King, John Lee Hooker e T-Bone Walker deram resultados surpreendentes - dois anos depois, o jovem guitarrista começou a se apresentar em clubes com o time local TJ'S, contribuindo para reabastecer a família orçamento.
Mesmo assim, músicos adultos e experientes notaram seu gosto musical, talento e notável capacidade de improvisar.
história do músico
Depois que a família se mudou para São Francisco, o jovem continuou a estudar música, conheceu várias tendências musicais e dedicou muito tempo à formação de seu estilo de atuação.
Depois de se formar na escola em 1966, o jovem criou seu próprio grupo Santana Blues Band, baseado nele e no tecladista e vocalista Greg Roli.
A apresentação de estreia do grupo, que aconteceu no famoso Fillmore West Hall, mostrou suas habilidades e atraiu a atenção do público e de veneráveis colegas para os jovens músicos.
Alguns anos depois, à medida que se tornavam cada vez mais populares, encurtaram o nome do grupo Santana - quanto mais curto, mais conveniente. Em 1969 eles lançaram seu primeiro álbum, uma gravação ao vivo de The Live Adventures of Al Kooper e Michael Bloomfield.
No mesmo ano, foram aplaudidos no festival de Woodstock. Os espectadores ficam maravilhados com o entrelaçamento virtuoso do rock clássico com os ritmos latino-americanos que se rompem nas cordas do violão de Santana.
Já em novembro, a equipa encantou o público com o primeiro álbum de estúdio Santana, que reforça o estilo único de Carlos, que se tornou a sua imagem de marca.
O lançamento do segundo disco do Abraxas em 1970 impulsionou a banda e seu líder a novos patamares de popularidade.
Em 1971, Raleigh deixou a banda, privando a banda de vocais e teclados, o que levou a uma recusa forçada de apresentações em shows. A pausa foi preenchida com a gravação do disco Santana III.
Em 1972, Santana colaborou com muitos músicos em trabalhos originais, como o LP ao vivo Live!, apresentando o baterista/cantor Buddy Miles, e Caravanserai, um álbum de jazz fusion com muitos músicos de rock.
Em 1973, Carlos Santana casou-se e graças à sua mulher (Urmila), levado pelo hinduísmo, mergulhou nas experiências musicais.
Suas obras instrumentais Love Devotion Surrender, gravada com J. McLaughlin, e ILLUMINATIONS, gravada com a participação de E. Coltrane, foram percebidas pelo público de forma ambígua e ameaçaram derrubar Santana do Olimpo do rock.
As coisas não poderiam ter terminado muito bem se não fosse a intervenção de Bill Graham, que assumiu a gestão do grupo e encontrou o vocalista Greg Walker para ela. O retorno do filho pródigo ao caminho do blues e o lançamento do álbum Amigos devolveram ao grupo sua antiga popularidade.
Realizações musicais do artista
Em 1977, Santana criou dois programas deslumbrantes: Festival e Moonflower. Em 1978, iniciou uma turnê de concertos, apresentando-se no festival California Jam II e triunfantemente percorrendo a América e a Europa, planejando até uma visita à União Soviética, que, infelizmente e para decepção dos fãs, não aconteceu.
Este período foi marcado para Carlos e o início de uma carreira solo. E embora seu álbum de estreia Golden Reality (1979) não tenha ganhado ouro e louros, as criações subsequentes tiveram mais sucesso: o jazz-rock instrumental lançado pelo álbum duplo The Swing of Delight (1980) chamou a atenção, e o Zebop! ouro declarado.
Seguiram-se as gravações de Havana Moon e Beyond Appearances, que fortaleceram sua posição. Durante a turnê, em 1987, Santana ainda visitou Moscou e se apresentou lá no programa de concertos "Pela Paz Mundial".
O lançamento do álbum solo instrumental Blues For Salvador fez de Carlos um vencedor do Grammy. O lançamento em 1990 do disco não mais forte Spirits Dancing in the Flesh não conseguiu mais abalar a popularidade da lenda!
Mas 1991 foi repleto de acontecimentos brilhantes para o grupo e seu líder, alegres - uma turnê de sucesso e participação no festival Rock in Rio II, e trágicos - a morte de Bill Graham e a rescisão do contrato com a Columbia.
Mas a atividade de Santana sempre foi acompanhada de pesquisa e experimentação, colaboração com estrelas do rock e pop mundialmente famosas como Michael Jackson, Gloria Estefan, Ziggy Marley, Cindy Blackman e outros, o surgimento de novas músicas e a gravação de novos álbuns.
Em 2011, a District Elementary School No. 12 (San Fernando Valley, Los Angeles) recebeu seu nome, tornando-se a Carlos Santana Academy of the Arts.